segunda-feira, 11 de abril de 2011

Vilela o Brincalhão

Téo Vilela concede aumento de 35% a secretários - adjuntos e diretores. Os servidores terão reajuste de 5,91%, categorias prometem mobilização.


Os secretários de Estado e sub-secretários do governo Teotonio Vilela Filho (PSDB) tiveram reajustes salariais mais ‘generosos’ por parte do Poder Executivo do que os servidores públicos. Na edição do Diário Oficial deste sábado (09), mas só disponibilizada na internet, por meio do portal da Cepal – a Imprensa Oficial Graciliano Ramos –, neste domingo (10), o governador sancionou a Lei Delegada nº 44/11, que definiu a reforma administrativa no Estado. Nela, ele concede aumento nos vencimentos dos sub-secretários, que passarão a ganhar, a partir de maio, 35% a mais. 

, o reajuste para os secretários adjuntos será de 35%, mesmo percentual que será dado para presidentes e diretores de órgãos ligados a administração direta. Com o aumento, a maior parte deles sairá de um salário de R$ 5,6 mil para R$ 7,6 mil. E o detalhe é que o acréscimo não será divido em duas parcelas, como vai acontecer com os servidores públicos. O valor integral dos R$ 7,6 mil já será creditado em maio. 

E o aumento ‘generoso’ não foi concedido na mesma proporção para os demais ocupantes de cargos de provimento em comissão do Estado, que terão acrescidos em seus vencimentos um percentual de apenas 2,96%. 

Entidades prometem mobilização 

O reajuste de 35% para os sub-secretários deverá causar ainda mais a insatisfação de categorias de servidores públicos que brigavam por salários melhores, já que, na última sexta-feira (08), Vilela anunciou que só poderia conceder aumento de 5,91% ao funcionalismo público. E, mesmo assim, dividido em duas etapas, sendo a primeira no mês de maio e, a segunda, em novembro deste ano. O reajute para o trabalhador, segundo o governo, vai gerar impacto de R$ 9 milhões aos cofres públicos e foi concedido com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2010.Mas as explicações para um percentual bem abaixo daquele reivindicado pelos trabalhadores não convenceram os sindicalistas, que alegam que o valor de 5,91% não atende às necessidades das categorias e não corresponde aos quatro últimos anos de arrocho salarial.

É verdade, como vocês podem ver o governador não se preocupa mesmo com os servidores, mas com seus secretários sim. Estamos diante de uma administração que não trabalhou pela valorização do servidor. A gestão do governador Teotônio Vilela só concedeu gordos reajustes a secretários e funcionários do alto escalão e fez isso para que os administradores fiquem mais próximos dele e, do outro lado, apertem os trabalhadores.  Ele só se esqueceu que é o funcionário quem põe a mão na massa, quem impulsiona a máquina pública e o retorno que os servidores tem é esse tratamento injusto.

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