terça-feira, 8 de novembro de 2011

Fernando Morais fala sobre sua vida no jornalismo na V Bienal Internacional do Livro em Alagoas


A V Bienal do Livro recebeu o escritor e jornalista mineiro Fernando Morais, que trabalhou nas redações do Jornal da Tarde, Veja, Folha de S. Paulo e TV Cultura e que escreveu livros como “Os últimos soldados da Guerra Fria”, “O Mago”, “Olga”, “Chatô, o Rei do Brasil”, “A Ilha”, entre outros.

O tema abordado durante a mesa foi Jornalismo Literário, mas o escritor foi além, relatando algumas histórias de sua vida e de suas obras. Questionado sobre a importância da bienal para as crianças, Fernando Morais disse que a bienal está “oferecendo uma intimidade com os livros para essas crianças, que elas talvez não tenham em casa. Nem todo mundo tem o privilégio de ter um pai e mãe que tenham uma estante cheia de livros em casa”.

Outra questão levantada durante a mesa foi o problema do impresso em relação à Internet. “Se os jornais não voltarem às grandes reportagens, correm o risco de acabar esquecidos. Por conta da internet, a mídia impressa estará se suicidando dessa forma.” Fernando Morais chamou atenção para o erro dos jornais atuais que pegam um jornalista que está se destacando e o coloca como Editor, e terminam perdendo um ótimo repórter e ganhando um editor inexperiente.

O escritor e jornalista falou de um erro que cometeu em Olga, quando ele escreveu que um navio transatlântico havia atracado em Paris, quando aquela cidade não tem porto. Morais, que foi deputado por 8 anos, secretário de Cultura e Educação de São Paulo, não se considera um biógrafo , se diz um jornalista que escreve reportagens em forma de livro.

A mesa redonda contou com a presença também dos jornalistas, Audálio Dantas, patrono da mesa e Ricardo Kotscho, que já trabalhou em praticamente todos os principais veículos da imprensa brasileira (jornais, revistas e redes de TV).

Por Victor Costa Silva