quarta-feira, 27 de abril de 2011

E agora?

Todos os setores demitiram em março nas sete regiões do país, da construção civil à indústria
O desemprego voltou a subir em março, com a saída de mais de 133 mil trabalhadores do mercado nas sete principais regiões metropolitanas do país. A taxa de desocupados passou de 10,5% para 11,2% entre fevereiro e o mês passado, segundo a PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), divulgada nesta quarta-feira (27), mas o movimento de aumento desse número é considerado comum para esta época.
Pesquisa da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados) e do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostrou que o total de pessoas sem trabalho nas regiões metropolitanas de São Paulo, Distrito Federal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza passou de 2,318 milhões para 2,451 milhões.
O total de ocupados, isto é, os que tinham algum tipo de trabalho, somou 19,455 milhões no mês passado. O número é 1,1% menor do que o de fevereiro (19,992 mi).
A capital baiana liderou entre as regiões com o maior número de desocupados. Pouco mais de 15 em cada 100 pessoas não tinham trabalho (a taxa foi de 15,7% no mês passado). O desemprego cresceu também em Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo e no Distrito Federal.
Porto Alegre aparece na outra ponta, com a menor taxa (7,4%). Na capital gaúcha e em Recife, a taxa praticamente não mudou de um mês para outro.
Nos 39 municípios da Grande São Paulo o número de desocupados aumentou. A taxa de desemprego passou de 10,6% para 11,3%. Esse número é o menor para meses de março desde 1991 (quando a taxa ficou em 12,3%).
Foram eliminados 110 mil postos. Mais de 40 mil pessoas saíram do mercado de trabalho da região. Em março, o contingente de desempregados foi estimado em 1,202 milhão entre os 9,436 milhões da PEA (População Economicamente Ativa).
Demissão em massa
Todos os setores demitiram nas sete regiões: os serviços fecharam 56 mil vagas (queda de 0,5% no número de postos de trabalho); o comércio, 52 mil (redução de 1,6%); a indústria, 31 mil (diminuição de 1%); a construção civil, 31 mil (ou fechamento de 2,4% do total).
O agregado de outros setores, que inclui o trabalho doméstico, fechou 37 mil postos (ou 2,4% do total).Considerando somente a região metropolitana de SP, que responde por quase metade dos empregos do país, todos os setores demitiram. Os destaques foram a indústria, que fechou 30 mil postos (ou 1,7% do total), o comércio (eliminação de 27 mil postos ou 1,8%) e outros setores (23 mil ou 1,8%).
A indústria teve queda de 1,7% (ou eliminação de 30 mil postos). Serviços (0,6% ou 30 mil postos). Comércio (1,8% ou 27 mil). Outros setores (1,8% ou 23 mil).
Em fevereiro, diminuíram os rendimentos médios reais de ocupados (1,3%) e assalariados (1%). O dos ocupados ficou em R$ 1.491 e dos assalariados, em R$ 1.525.
Do R7

Nenhum comentário:

Postar um comentário